Ex-jogador se dedicou à carreira de contador e hoje está longe dos gramados.

Apesar de o compromisso ser menor do que o que é cobrado em uma competição profissional, o Municipal, campeonato de várzea realizado tradicionalmente em Vilhena, abriga e revela grandes talentos da cidade, inclusive ex-jogadores do Lobo do Cerrado. É o caso do contador Valdomiro Eduardo Martins, de 36 anos. Ele fez história no amador, na base e no profissional do clube. Hoje, afastado do futebol, Miro, como é conhecido, lamenta por não ter tido grandes oportunidades, mas garante que a sua passagem pelo VEC foi marcante.

O ex-jogador vestiu a camisa do Vilhena por quatro anos, de 2001 a 2005 e também jogou pelo Ulbra e pelo Águia Negra, de Rio Brilhante (MS). Miro relembra com saudades do amistoso que participou contra a Seleção Brasileira Sub-17, em 2003.

- Eu estava em uma época muito boa da minha carreira e naquele amistoso fiz o único gol do Vilhena. Foi um gol muito bonito, perdemos por 2 a 1, mas o gol ficou na memória dos torcedores – conta.

Miro conta que antes de 2005, além de treinar pelo Vilhena, ele dividia o tempo entre o trabalho e o estudo e que a dedicação total ao futebol profissional seria apenas em 2005. O ex-jogador foi eleito o melhor jogador do campeonato em 2005 e 2006. Foi campeão Rondoniense pelo Vilhena em 2005 e pelo Ulbra em 2006, mesmo ano em que participou da Copa do Brasil pela equipe. Em 2004 também participou da Copa do Brasil pelo União Cacoalense.

- O futebol é muito importante na minha vida, foi um grande aprendizado. Muitas coisas que adquiri, lugares que conheci foi graças ao futebol, mas tem um momento que sentimos que é a hora de parar. Agora é lazer, uma forma de matar a saudade e estar perto dos amigos.

Sentindo falta do contato com a família e após duas lesões no joelho, Miro recebeu uma proposta de emprego na área de contabilidade e decidiu parar de jogar futebol profissionalmente. Atualmente, o ex-jogador mata a saudade nos campeonatos amadores da cidade. 

- Eu não tive oportunidade de entrar em um time grande, por isso sempre pensei no meu estudo, porque se não desse certo eu teria outra opção. É esse o conselho quem dou para quem está começando. É boa a vida de jogador, mas temos que pensar em estudar também, porque se não der certo, você tem outra profissão – finaliza.