Ariquemes e Vilhena se enfrentam no sábado, 31, no Portal da Amazônia. Comandantes do futebol falam que organização é segredo do sucesso nos times.

O sábado (31) deve balançar o coração não só dos jogadores e torcedores do Vilhena e Ariquemes, que se enfrentam no jogo decisivo na final do Rondoniense. Carlos Dalanhol, vice-presidente do Lobo do Cerrado, vai torcer e lutar para manter o título do campeonato em Vilhena. Ele segue rumo ao pentacampeonato. Já Alex Sarkis, presidente do Peixe do Vale do Jamari, quer a primeira vitória como gestor do clube. Eles têm poucas coisas em comum, mas estarão no mesmo lugar no último confronto do estadual em 2014.  

Mesmo tendo vindo de funções e formações diferentes, Dalanhol e Sarkis tem a mesma característica histórica: o amor pelo futebol. Carlos Dalanhol, hoje com 50 anos, assumiu o VEC no dia 4 de agosto de 2009, quando o time passou por uma crise. Na época, Gaúcho trabalhava no ramo de transporte de milho e era um dos maiores distribuidores da Região Norte. Foi daí que surgiu o apelido de Gaúcho do Milho.

- Eu sempre gostei de futebol. Naquele ano vi as dificuldades do Vilhena e decidi ajudar, pois sabia da importância da equipe pra cidade e pro estado. Prometi que se eles vencessem o campeonato de 2009 eu assumiria a presidência logo depois. E isso aconteceu. Larguei o que fazia e investi no time – relembra Dalanol.

Já o presidente do Ariquemes, Alex Sarkis, 37 anos, entrou recente no Ariquemes. Mesmo tendo sido jogador, Sarkis ainda não havia tido experiência na direção de um clube, até que em dezembro de 2013 uma equipe de empresários o elegeu para comandar o Peixe do Vale do Jamari. Mesmo no comando do clube, Alex continua exercendo o trabalho como advogado.

- Nossa diretoria é composta por 13 diretores. Nosso objetivo quando nos reunimos foi reestruturar o Ariquemes e é isso que estamos fazendo. Nosso time foi escolhido a dedo, com jogadores experientes em futebol – afirma.

De acordo com Sarkis, o segredo para o Ariquemes ter chegado a final do Rondoniense no primeiro ano de gestão se deve a três motivos.

- Estrutura, organização e disciplina. Essa é a receita para estar onde chegamos. Nós oferecemos a estrutura de trabalho, pagamentos em dia. Temos uma organização que planeja tudo e cobramos disciplina de todos.

Já Dalanhol acredita que o sucesso do Vilhena no futebol também se deve a organização do time, além do amor.

- Sempre procuramos uma equipe engajada em vencer, buscar sempre o melhor. E amamos nosso trabalho, primeiramente. Para jogar aqui é preciso ter humildade. Tivemos dificuldades sim, principalmente em 2013, mas conseguimos superá-las – aponta.

Em entrevista ao GloboEsporte.com, o vice-presidente do Lobo do Cerrado contou que o futebol é uma empresa e que aprendeu isso com as dificuldades enfrentadas ao longo dos quatro anos.

- É preciso gestão, pois somos uma equipe. São salários que precisam ser pagos, pois os jogadores são trabalhadores. Somente nestes seis meses de trabalho, o VEC gastou cerca de R$ 800 mil. Eu ainda quero fazer muito pelo futebol de Rondônia – prometeu Dalanhol.

Sobre a parceria com o Zinho, o presidente do Ariquemes disse que o resultado tem sido positivo para o clube.

- Está sendo uma relação de parceria. Isto tem dado visibilidade em âmbito nacional para os atletas, porque principalmente as pessoas que estão dando este respaldo. Espero que o Ariquemes seja o mesmo de todos os jogos neste sábado e conquiste o título – afirma.