Postado Por : Pedro Tozzo 25 abril 2014


Eduardo Thomaz, ou Portella, é lateral direito do Lobo do Cerrado. Paulistano, o jogador já teve passagem por clubes grandes e garante: "Quero voltar".

Incentivado pelo pai, o amor pelo futebol começou cedo. Mais precisamente aos sete anos de idade. Eduardo Santos Thomaz, agora com 24 anos, sempre sonhou em ser jogador e ainda pequeno entrou em uma escolinha de futebol, o Desportivo. Aos nove o pequeno paulistano iria para a Escolinha de Futebol Portella, de onde saiu o apelido que levaria para a vida inteira. Lá ele ficou pouco tempo, cerca de dois anos, mas garante que esse foi um período importante da carreira dele. Lá seria, literalmente, o começo de tudo. 

A primeira grande oportunidade viria na Portuguesa, através de um olheiro. Ele foi avaliado e depois de passar pela peneira acabou sendo selecionado pelo clube no qual ficaria por dez anos. 

- Um diretor da Portuguesa me viu jogando futebol uma vez, em um churrasco, e nessa época meu pai era sócio do clube. Depois disso onde eu ia jogar, ele, o olheiro, sempre me observava, foi quando passei pela peneira e por lá fiquei - conta. 

Palmeiras
A oportunidade de jogar no Palmeiras surgiu em 2008. Segundo Portela, jogando pela Portuguesa era comum enfrentar o Palmeiras em amistosos e campeonatos da base. A proposta viria após um desses jogos. De acordo com o lateral, essa seria a realização de um sonho.

- Todo menino sonha em jogar em um grande clube. É a realização de um sonho e reconhecimento do seu trabalho – diz.

A oportunidade seria a realização de um sonho duplo, ele confessa. O pai de Portella, o comerciário Antônio Wilson Thomaz, de 65 anos, é palmeirense roxo e sempre sonhou em ser jogador de futebol. Quando jovem chegou até a receber uma proposta do Palmeiras, que viria junto com um convite de emprego. Já casado e com família, Seu Antônio preferiu não arriscar. A realização viria dos pés do filho, alguns anos depois.

- Foi a maior alegria para o meu pai. Ele sempre foi palmeirense e, além disso, como não pôde realizar o seu sonho quando era jovem, investiu em mim e viu o sonho dele realizado em mim – destaca.

Segundo Portela, é difícil dizer qual o momento mais marcante do período que ficou no Palmeiras, mas destaca dois que são inesquecíveis. A estreia no clube, que aconteceu em julho de 2008 em uma partida contra o Guarani Juniores pelo Campeonato Paulista Sub-20 e uma viagem que fez com a equipe para a Austrália, em comemoração ao aniversário da cidade Brisbane, em 2009, já atuando pelo profissional B.

"Eu era muito jovem e já tinha meu primeiro carro, fiquei deslumbrado e acabei me perdendo pelo caminho..." Portella, jogador do Vilhena


mosaico portella vilhema (Foto: Editoria de Arte)Portella vê no Vilhena a oportunidade de recomeço (Foto: Editoria de Arte)



O lateral conta que algumas vezes a equipe treinava com os jogadores titulares, e viria daí o deslumbre e, consequentemente, a saída do clube. Portella revela que começou a sair, ser indisciplinado e que isso começou a prejudicá-lo.

- No início eu fiquei um pouco bobo, mas depois você percebe que são seres humanos como qualquer outra pessoa. O pior é que não demorou muito para eu ver os titulares saindo e querer fazer o mesmo. Eu era muito jovem e já tinha meu primeiro carro, fiquei deslumbrado e acabei me perdendo pelo caminho... – conta.

A saída viria logo. A perda da oportunidade também, e quem mais sofreu com a história foi o Seu Antônio.

- Hoje eu vejo as coisas tudo de uma forma diferente. Me arrependo do que fiz e agora consigo ver que eu perdi tempo e oportunidades. Meu pai ficou decepcionado, viu um sonho ser desperdiçado, mas até que valeu. Hoje tenho maturidade – ressalta

Jogando pela Copa do Brasil, Portela reencontrou amigos e novamente jogou contra o Palmeiras. O atleta conta que foi uma experiência boa pela importância do jogo e da competição que estavam participando, mas revela que bateu saudade.

- Foi bom reencontrar alguns amigos, os jogos foram muito importantes. Apesar de estar no Vilhena o coração ficou apertado, bateu um frio na barriga. Lembrei da minha estreia – conta.

Futuro
Portella, lateral do Vilhena ainda em atuação pelo Palmeiras (Foto: Eduardo Thomaz/Arquivo Pessoal)Após sair do Palmeiras, Portela passou por outros clubes Ferroviário Atlético Clube (2011) do Ceará, Piauí Esporte Clube (2012) e Clube Atlético Metropolitano (2013), em Santa Catarina, mas a aposta do jogador é o Vilhena. O lateral diz que enxerga sua passagem pelo Lobo do Cerrado como um recomeço.

- Agora estou numa fase de recomeço, é uma trajetória mais longa, mas é o início. Eu acredito que o Vilhena vai me abrir muitas portas – destaca.

O objetivo do atleta agora é fazer um bom campeonato estadual, mas afirma que a sua meta é voltar a jogar em um clube de renome nacional.

- Pretendo voltar a jogar em um time grande, tenho esse desejo desde que saí do Palmeiras. É muito bom! Se surgir uma nova oportunidade no Palmeiras gostaria de voltar, sim – finaliza.
 

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