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- Palmeiras vence o Vilhena, mas não consegue eliminar segunda partida
Postado Por : Pedro Tozzo
13 março 2014
Em campo encharcado, Verdão joga mal e ganha
no fim com gol de Leandro. Maior objetivo do time, de evitar a volta,
não é alcançado.
Estádio acanhado, gramado ruim, adversário fazendo o jogo da vida... Em
sua estreia na Copa do Brasil, nesta quarta, o Palmeiras encarou muitas
dificuldades, jogou mal e não passou de um magro 1 a 0 sobre o Vilhena,
no estádio Portal da Amazônia, em Rondônia, gol de Leandro. Apesar da
derrota, o time rondoniense tem muito o que festejar: o principal
objetivo era disputar o jogo de volta, dia 10 de abril, no Pacaembu.
Como perdeu por placar, mínimo, conseguiu.
Além das dificuldades impostas pelo mau estado do gramado, houve
preocupações com relação à segurança. A superlotação de partes da
arquibancada também causou preocupação.
Tudo isso, porém, pode não servir de justificativa para a falta de
criatividade e inspiração do Verdão no confronto, ainda mais contra uma
equipe muito inferior tecnicamente. Mas é preciso reconhecer a vontade
admirável dos atletas do Vilhena. Para eles, era uma final. A ida para
São Paulo é a recompensa.
Quem passar, enfrenta Interporto, de Tocantins, ou Sampaio Corrêa, do Maranhão.
Muita briga, pouca técnica
Gramado cheio de poças, divididas, chutões, passes errados, confusão...
O primeiro tempo foi sofrível. Sobrou ao Vilhena o que faltou ao
Verdão: apetite. O time de Rondônia carece de qualidade técnica, mas
compensou com garra.
A situação do campo ajudou os donos da casa. Mas o Verdão, que entrou
com Eguren e França no meio ao lado de Valdivia, e três atacantes, teve
pouca criatividade. Dessa forma, o primeiro e único chute ao gol foi em
cobrança de falta de Juninho, aos 26 minutos. No restante, muitos erros
na criação e falta de objetividade.
O que mais chamou atenção na etapa inicial foram as brigas. O Vilhena
encarou a partida como o jogo da vida e até teve duas boas chances, as
melhores do primeiro tempo. Isso chegou a irritar os palmeirenses.
Valdivia trocou empurrões com Carlinhos e depois acertou cotovelada no
adversário. Já Alan Kardec levou um soco de Alex Barcellos. Tudo
contando com a complacência do árbitro.
Vitória com gol no fim
O Palmeiras do início do segundo tempo foi totalmente diferente daquele
que pouco jogou no primeiro. Foram quatro grandes chances em menos de
dez minutos. Se antes o problema foi a criação, dessa vez a finalização
foi a vilã. Vinicius perdeu a oportunidade mais incrível.
A inspiração, porém, não durou muito tempo. Depois do bom começo, a
apatia e a falta de criatividade voltaram. É verdade que Gilson Kleina
demorou a mexer no time. Mas, quando o fez, foi certeiro: colocou
Mendieta, Bruno César e Leandro. Deu resultado: vitória no final, com
gol do último, após passe do segundo.
Mesmo assim, para o Vilhena, não muda muita coisa. O maior prêmio será
ir até São Paulo para jogar no Pacaembu. Será uma recompensa para quem
lutou até o fim e, apesar da inferioridade, conseguiu a segunda partida.
"Eu já falei, vou repetir, é o Vilhena que manda aqui". Esse foi o
grito, típico de gincanas de escola, entoado pelos torcedores na etapa
final. A equipe não "mandou" de fato. Mas não é errado dizer que a
partida desta quarta teve dois vencedores.